Design, arquitetura e experiência: o olhar da Bienal de Veneza que inspira interiores

26.06.2025
Realizada desde 1980, a Bienal de Arquitetura de Veneza é um dos principais eventos do mundo quando falamos em inovações arquitetônicas e no futuro do design. Reunindo diversos profissionais da área, como arquitetos, designers, engenheiros, fotógrafos, matemáticos e muitos outros, a Bienal teve início no dia 10 de maio e acontecerá até 23 de novembro de 2025.
Neste ano, o evento ganha ainda mais destaque diante dos desafios contemporâneos que estamos vivenciando, apresentando exposições que dialogam com a relação entre natureza e tecnologia, servindo como ponto de partida para discussões mais amplas sobre resiliência urbana e estratégias para garantir a sobrevivência do patrimônio arquitetônico.
No conteúdo de hoje, você confere todas as informações sobre um dos maiores eventos internacionais de arquitetura.
O tema de 2025: Intelligens. Natural. Artificial. Collective.
Sob a curadoria do arquiteto e engenheiro Carlo Ratti, a Bienal de 2025 gira em torno do tema “Intelligens. Natural. Artificial. Collective.”, ampliando o conceito de inteligência por meio da tecnologia. As exposições abordam inclusão, adaptabilidade e inovação como pilares de um futuro urbano mais verde e funcional.
Instalações, protótipos e experiências estão espalhados pelos pavilhões Giardini e Arsenale, além de ocuparem outros pontos da cidade, transformando Veneza em um verdadeiro laboratório vivo. Essa descentralização reforça o caráter experimental da edição e conecta as exposições ao corpo da cidade, uma arquitetura viva que vem sendo ameaçada pelas mudanças climáticas.
Com exibições que exploram os limites da inteligência humana e artificial na criação de cidades sustentáveis e habitáveis, o evento conta com contribuições de mais de 750 especialistas de diferentes áreas e gerações.
Destaques da edição e projetos especiais
A edição de 2025 reúne alguns dos nomes mais emblemáticos da cena global, como Bjarke Ingels Group, MAD Architects, Alejandro Aravena, Patricia Urquiola e o Mass Design Group. Além das exposições principais e das participações nacionais, alguns projetos especiais se destacam neste ano. Voltados à busca de novas soluções diante do aumento das temperaturas, da elevação do nível das águas e do risco iminente de catástrofes causadas pela atividade humana, as exposições de projetos como Architecton, de Victor Kossakovsky, The Other Side of the Hill, de Beatriz Colomina e Roberto Kolter e Terms and Conditions, de Bilge Kobas, exploram formas alternativas de inteligência para lidar com essas questões urgentes.
Outros projetos, como An Atlas of Forest Occupations, Amazonian Agroecology Hub e Acapulco: Selective Memories, têm como objetivo apresentar projetos de urbanismos futuros, misturando o diálogo entre o local e o global, e reforçando a importância do aprendizado mútuo e do conhecimento coletivo. Já propostas como After the End, de Liam Young e A Robot’s Dream, de Gramazio Kohler Research, buscam responder a uma provocação central: como evoluirá o papel dos arquitetos em um cenário onde modelos generativos podem projetar construções e robôs são capazes de executá-las?
Terms and Conditions, de Bilge Kobas / labiennale.org
Todas essas propostas, e muitas outras, ampliam o olhar sobre o papel da arquitetura na construção de novos imaginários urbanos.
A participação do Brasil na Bienal de Veneza 2025
O Brasil também marca presença na Bienal com a exposição “(RE)INVENÇÃO”, com curadoria da arquiteta Luciana Saboia e dos arquitetos Eder Alencar e Matheus Seco, do grupo Plano Coletivo. O projeto mergulha nas infraestruturas ancestrais da Amazônia, revelando como os povos originários já desenvolviam soluções sofisticadas de adaptação ambiental há mais de 10 mil anos.
A mostra será dividida em dois atos: o primeiro olha para o passado indígena e suas estratégias de ocupação territorial; o segundo se volta ao presente, discutindo a relação entre arquitetura, infraestrutura e cidade. Um dos destaques é a Plataforma-jardim, estrutura que une técnica e sensibilidade ambiental, ressignificando a relação entre natureza e espaço urbano.
Pavilhão do Brasil / Foto Andrea Ferro - Fundação Bienal SP
Como visitar: ingressos, locais e informações práticas
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2025 está aberta ao público desde o dia 10 de maio e segue até 23 de novembro. As exposições estão distribuídas entre dois locais icônicos da cidade: o Arsenale, que recebe a mostra principal sob curadoria de Carlo Ratti, e o Giardini, onde ficam os pavilhões das participações nacionais.
Os ingressos estão disponíveis para compra nas entradas dos espaços ou online no site oficial da Bienal. O horário de funcionamento é das 11h às 19h, com última entrada até as 18h45. Os espaços permanecem fechados às segundas-feiras, exceto nos dias 12 de maio e 17 de novembro.
Nesta edição, a Bienal também conta com a Biennale College Architettura, iniciativa educacional que reúne estudantes e jovens profissionais do mundo todo para apresentar projetos inovadores, com foco no uso da inteligência natural, artificial e coletiva no enfrentamento da crise climática.
Gostou de saber mais sobre a Bienal de Arquitetura de Veneza 2025? Continue acompanhando o nosso blog para descobrir outras inspirações, tendências e reflexões sobre arquitetura, design, interiores e experiências que transformam espaços.
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