Os desafios da arquitetura diante das mudanças climáticas
25.09.2024
Com todas as transformações que acontecem no planeta, a arquitetura também precisa mudar para solucionar questões de urbanismo relacionadas às mudanças climáticas
Quando o assunto é crise ambiental, todos nós desempenhamos um papel essencial para contribuir com o combate às mudanças climáticas, não é mesmo? Neste sentido, a arquitetura e os profissionais do mercado também enfrentam desafios construtivos para que a urbanização faça a diferença.
Construção civil tem impacto direto no aquecimento global
Conforme apontam os dados do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, o segmento gera 80 milhões de toneladas de resíduos por ano, sendo um dos mercados mais poluentes no país e no mundo. Avalia-se que a indústria da construção seja responsável por 39% das emissões globais de gases do efeito estufa.
Diante deste impacto tão grande, vemos como é essencial a ação de arquitetos, designers e engenheiros para combater a crise climática, buscando novas soluções dentro do setor de arquitetura e engenharia.
No ambiente urbano, um dos efeitos mais visíveis das mudanças climáticas é a intensificação das ondas de calor que atingem as cidades, criando as “ilhas de calor”. Este fenômeno está causando não apenas problemas de conforto térmico e na saúde da população, mas também uma série de outras catástrofes, como enchentes, alteração dos ecossistemas, piora na qualidade do ar e da água, entre outros.
Quais os principais desafios da arquitetura no combate às mudanças climáticas?
A arquitetura enfrenta vários desafios cruciais no combate às mudanças climáticas, começando pela necessidade de integrar práticas sustentáveis desde o planejamento até a construção dos empreendimentos.
Uma das maiores dificuldades é a adoção generalizada de materiais e técnicas de construção ecológicas que minimizem a pegada de carbono dos edifícios. Muitas vezes, as soluções sustentáveis podem ser mais caras ou complexas em comparação com métodos tradicionais, o que pode desencorajar sua implementação. Além disso, há a necessidade de projetar estruturas que não só reduzam a emissão de carbono durante sua construção e operação, mas também que sejam resilientes a eventos climáticos extremos, como tempestades intensas e ondas de calor.
Outro desafio significativo é a adaptação das práticas arquitetônicas às condições climáticas locais e regionais, que variam amplamente ao redor do mundo. A arquitetura precisa evoluir para não apenas lidar com as condições climáticas atuais, mas também prever e adaptar-se às mudanças futuras.
Confira algumas ações que podem ser implementadas no setor para atenuar as mudanças climáticas
1. Uso de materiais sustentáveis
Pode parecer básico, mas como mencionamos, muitas vezes os materiais sustentáveis têm valores mais alto em comparação com as outras opções. Desta forma, o investimento precisa ser analisado a longo prazo.
A preferência na escolha dos materiais deve incluir matérias-primas atóxicas, recicláveis e reutilizáveis. Além disso, é importante destacar que os materiais também precisam ser mais resistentes diante dos desastres naturais.
"Segundo o relatório sobre o tema da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as redes de infraestrutura serão afetadas pelos impactos físicos da variabilidade e das mudanças climáticas, mas também desempenharão um papel essencial na construção de resiliência a esses impactos”, aponta o ArchDaily.
Algumas soluções pensadas para este cenário incluem a construção a partir de materiais e modelos que sejam facilmente reconstruídos, lajes verdes e sistemas de ventilação que contribuam para reduzir o calor nos centros urbanos e superfícies permeáveis para controlar inundações.
2. Retrofit
O retrofit surgiu na Europa como uma solução para recuperar prédios antigos, dando nova vida a espaços abandonados. Neste sentido, o conceito visa manter o estilo original dos prédios, revitalizando com um toque de inovação.
É esta inovação que consegue atender as medidas sustentáveis que a arquitetura busca. Empreendimentos antigos, muitas vezes, não contavam com soluções pensadas para eficiência energética, por exemplo. Assim, com o retrofit, este tipo de alteração pode ser implementada na obra.
Trata-se de manter viva a memória e o legado dos empreendimentos, usando a tecnologia para aplicar a sustentabilidade nos espaços.
3. Expansão das áreas verdes nos centros urbanos
Os espaços verdes urbanos são talvez a maneira mais eficiente e intuitiva de reduzir os efeitos do calor urbano e contribuir com a mitigação do efeito estufa. Para a expansão destes territórios nos grandes centros urbanos, faz-se necessário o investimento em parques, jardins e a arborização de vias.
Conforme aponta o instituto WRI Brasil, “os espaços verdes em uma cidade podem ser uma ferramenta valiosa para nivelar a situação de comunidades desfavorecidas em diversos aspectos, incluindo saúde e benefícios econômicos, segurança e resiliência a desastres.”
Além disso, os arquitetos podem incluir este movimento verde diretamente em seus projetos de construção e decoração. Seja a partir da implementação de lajes e coberturas de plantas nos empreendimentos ou da inclusão de jardins e plantas nos espaços residenciais.
Cada pequena ação pensada para um futuro mais sustentável contribui para reduzirmos os efeitos causados pela crise climática. Da arquitetura à decoração, todos podemos nos envolver nesta jornada para superar os desafios impostos.
Aproveite para conferir algumas medidas sustentáveis que a Persol coloca em prática em suas unidades fabris.
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