Tendências da Bienal de Arquitetura de Veneza focam na África

Tendências da Bienal de Arquitetura de Veneza focam na África

22.11.2023

Mais uma edição da Bienal de Arquitetura de Veneza chegou ao fim, trazendo muitas tendências e reflexões para incorporarmos ao nosso dia a dia. Neste ano, os holofotes se voltaram para a África com o tema “Laboratório do Futuro”, com a força arquitetônica africana e diaspórica.


Reflexão sobre o futuro e meio ambiente foi pauta na Bienal de Veneza

 

Em meio à escassez global, novamente a sustentabilidade e os materiais ficaram em primeiro plano no evento. As exposições deram visibilidade aos desafios enfrentados mundialmente e como precisamos incluir novos olhares na solução dos problemas, dando espaço à descolonização e descarbonização. A proposta reforça que “é impossível construir um mundo melhor se não o imaginarmos primeiro”.


Além disso, a bienal, que se encerrou no dia 26 de novembro, convidou seus visitantes a refletirem sobre o uso dos espaços e o papel do arquiteto. Assim, contamos com uma visão ampla e profunda de temas fundamentais para o que queremos criar. A curadoria do evento mundial ficou nas mãos de Lesley Lokko, arquiteta, acadêmica e romancista ganense-escocesa que precisou organizar 63 pavilhões nacionais, 89 participantes e 9 eventos paralelos na cidade.


Neste ano, o artista, designer e arquiteto nigeriano Demas Nwoko foi anunciado como vencedor do Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza.  

 

Imagem © Matteo de Mayda/ Cortesia de 18th International Architecture Exhibition – La Biennale di Venezia, The laboratory of the Future

 

Pavilhões nacionais celebraram as comunidades locais

 

Conforme os dados do evento, mais da metade dos participantes da exposição deste ano eram da África ou da Diáspora Africana, sendo metade mulheres – pela primeira vez na história da bienal. Portanto, mesmo nos pavilhões nacionais, o tema apareceu com variadas leituras e formas.


As conexões se fizeram apesar da distância geográfica, com pessoas de diferentes países pensando em ideias semelhantes e enfrentando desafios compartilhados em termos de recursos, política, fatores socioeconômicos e contexto global. Por exemplo, Suíça e Venezuela trouxeram as fronteiras e relações territoriais para seus pavilhões. Ainda, Estados Unidos, Alemanha e Emirados Árabes exploraram as possibilidades relacionadas ao melhor uso de materiais.


O alinhamento com as ideias de desconstrução e recursos, descolonização e identidades foi onipresente ao longo da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023.


Brasil levou “Leão de Ouro” com a exposição “Terra” na Bienal de Veneza.

 

Pela primeira vez nas dezoito edições do evento, o Brasil levou para casa o maior prêmio da bienal, o aclamado “Leão de Ouro”. O troféu foi para o pavilhão nacional, que contava com a exposição “Terra” e teve a curadoria de Gabriela de Matos e Paulo Tavares.

 

Galeria "Lugares de origem, arquelogias do futuro". Foto © Rafa Jacinto / Fundação Bienal de São Paulo

 

A instalação brasileira questiona a arquitetura moderna e busca em narrativas ancestrais invisibilizadas alternativas para um futuro de-colonizado e descarbonizado. Um dos destaques ficou para a reflexão sobre Brasília, região que era um local de encontro e troca entre várias nações indígenas do Brasil Central no período anterior à colonização.


Confira um pouco mais do pavilhão brasileiro e da exposição “Terra” no vídeo: 

 


Neste ano, a Bienal de Veneza nos convidou a escolher o que queremos do nosso futuro. Seja a partir do passado da nossa terra ou da quebra de fronteiras, olhamos para novas ideias em busca de soluções. 
 


 

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